era um ventilador de chão pra dois. subia a ladeira, quase
sem aguentar dentro da bermuda, tocava a campainha da vila já vendo você sair
de toalha, com a cabeça molhada, sem sutiã, mal cabendo a blusa furada e as
alças arregaçadas. quando vinha uma alça caída, a bermuda lembrava e molhava.
teu beijo com cheiro de banho, teu quadril ainda frio da água. teu sorriso,
porra. a vontade de meter a mão por baixo da blusa, arrancar a tua bermuda
puída, puxar tua calcinha pro lado e enfiar a cara no teu grelo sentido tua
buceta raspada. ou de noite, esperando a janta, a mão na tua virilha, teu peito
do rosa pro bege. podia pegar fogo na cozinha que eu te chupava ali mesmo. o
colchão rasgado no meio do chão, as roupas sujas e limpas juntas. mesmo com a
idiota do quarto do lado, só pensava em te comer, em você em cima de mim. teu
peito balançando. teu mamilo duro e teu cabelo na minha cara, no meu peito, na
minha boca. sentindo você quente por dentro, você sempre em cima de mim,
sentando forte, socando a parede. o cheiro de porra e as infinitas camisinhas
jogadas, abertas, era o nosso cheiro naquele quarto. era tua buceta no meu pau
na baixada, era a gente sendo feliz. era um ventilador de chão pra dois, porra.
quarta-feira, 8 de novembro de 2017
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