terça-feira, 20 de outubro de 2009

mortos

eu ando no centro da cidade para comprar um livro. e ando por homens mortos. todos eles estão mortos. seus crachás são suas coleiras. seus paletós são suas jaulas. suas pastas são suas bolas de ferro. suas gravatas são suas algemas. "com o dinheiro que eles ganham você poderia comprar muito mais livros". é, mas nunca teria tempo para escrever nem um. eu caminho por homens que tem dinheiro demais e tempo de menos. eu caminho por homens mortos.